Biblioteca Olavo de Carvalho

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O Imbecil Coletivo

O Imbecil Coletivo

O Imbecil Coletivo, portanto, encerra aqui a série crescente dos comentários acerca de si mesmo e, satisfeito de ter provado tudo quanto desejava, promete que nas próximas edições virá do mesmo tamanho ou talvez, eliminadas eventuais incorreções, um pouco menor.

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Quem é Olavo de Carvalho?

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho é professor, filósofo, escritor, ensaísta e jornalista brasileiro. Autor profícuo, escreveu mais de 40 livros, mais de 44 cursos, dezenas de milhares de páginas em apostilas e artigos, protagonizou um filme e, durante 14 anos, ministrou semanalmente seu Curso Online de Filosofia, o COF - contabilizando mais de 570 aulas.

Nasceu em Campinas, São Paulo, a 29 de abril de 1947. Aos 74 anos, faleceu no dia 24 de janeiro de 2022, na região de Richmond, na Virgínia, deixando sua esposa, Roxane de Carvalho, oito filhos e 18 netos.

Suas ideias ganharam protagonismo no debate público, pautando assuntos como conservadorismo, religião, filosofia e política. Segundo ele mesmo, seus cursos são os únicos realmente formadores de profissionais de alto nível no país, superiores às graduações de humanas nas universidades.

Formação e estudos independentes

Olavo de Carvalho teve sua formação filosófica a partir de seus estudos como autodidata. Ainda jovem, buscou o conhecimento por conta própria. Não se viu dependente do conteúdo escolar passado pelos professores regulares das instituições.

Aprendeu sozinho na companhia dos livros e também por meio de conversas com outros intelectuais brasileiros com quem teve contato.

Infância e adolescência de Olavo de Carvalho

Aos dois anos de idade, saiu de Campinas. Na cidade de São Paulo, morou no bairro do Glicério, perto da Praça da Sé.

Seu pai, Luiz Gonzaga de Carvalho, separou-se de sua esposa quando Olavo tinha aproximadamente oito anos. Quando morreu, o filho era ainda adolescente.

Sua mãe, Nicéa Pimentel de Carvalho, era uma pobre operária da indústria gráfica. Morreu aos 99 anos, após uma queda no banheiro seguida de fratura.

Não era filho único, tinha também um irmão e juntos cuidaram da mãe. Tanto ela quanto o pai foram referenciados como sendo muito bons, pessoas excelentes.

Mesmo criado na pobreza e em um bairro com semi-analfabetos, Olavo de Carvalho já se dedicava à alta literatura aos 14 anos de idade, com a qual, por exemplo, já tinha lido a obra completa de Dostoievski.

Ele se recorda de se recusar a ler alguns autores brasileiros indicados no colégio, porque já estava lendo Goethe, autor que descobriu a partir da leitura de Os sofrimentos do jovem Werther.

Autonomamente, formou seu gosto literário por meio da grande literatura mundial. Sendo apenas um adolescente, já tinha lido Dante, Tolstoy, Shakespeare e outros.

Como queria estudar assuntos mais profundos, deixou a escola, onde os professores, segundo afirmou, sequer acompanhavam seu nível. Abandonou o colégio na “4ª série do ginásio”, equivalente à oitava série do ensino fundamental.

Primeiros trabalhos jornalísticos

Olavo de Carvalho começou a sua carreira como jornalista na Empresa Folha da Manhã S/A aos 17 anos. Posteriormente, conseguiu o melhor emprego de jornalismo em São Paulo na época, no Jornal da Tarde.

Foi ensaísta e colunista de diversos veículos: Folha de São Paulo, Bravo!, Planeta, Primeira Leitura, Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, O Globo, Época, Zero Hora e Diário do Comércio.

Participou também de jornais como A Gazeta e Estado de São Paulo.

Em seus primeiros anos como jornalista, como tinha uma visão de mundo alinhada à esquerda, desenvolveu-se rapidamente. Olavo foi repórter, copydesk, redator, roteirista e até foi credenciado no Palácio do governo.

Trabalhou em jornais dessa forma entre os seus 17 e 30 anos de idade.

Ainda na década de 70, Olavo desistiu dos empregos no jornalismo e começou a trabalhar como freelancer. O que o levou a perder o interesse não foi nenhuma razão política, mas sim a má conduta moral das pessoas desses ambientes.

Ser freelancer na época era algo tão raro, que ele foi entrevistado para explicar como era isso. Na verdade, os motivos eram práticos. Ele fazia seus próprios horários e ganhava mais do que o dobro que a média dos jornalistas ganhava.

Durante a década de 80, trabalhou para várias revistas, como Nova, Quatro Rodas, Cláudia, etc. Eram revistas de administração pública e privada, de economia, política e temas variados. Em entrevistas, Olavo relata que aceitava o trabalho que aparecia. Foi, inclusive, freelancer da Abril e O Globo.

Obras Publicadas

  • Símbolos e mitos no filme “O silêncio dos inocentes”. Rio de Janeiro: Instituto de Artes Liberais. 1992.
  • Os gêneros literários: seus fundamentos metafísicos. 1993.
  • O caráter como forma pura da personalidade. 1993.
  • A nova era e a revolução cultural: Fritjof Capra & Antonio Gramsci. Rio de Janeiro: Instituto de Artes Liberais & Stella Caymmi. 1994. [nota 1]
  • Uma filosofia aristotélica da cultura. Rio de janeiro: Instituto de Artes Liberais. 1994.
  • O jardim das aflições: de Epicuro à ressurreição de César – Ensaio sobre o materialismo e a religião civil. Rio de Janeiro: Diadorim. 1995.
  • Aristóteles em nova perspectiva: Introdução à teoria dos quatro discursos. Rio de janeiro: Topbooks, 1996.
  • O imbecil coletivo: atualidades inculturais brasileiras. Rio de Janeiro: Faculdade da Cidade. 1996.
  • Como vencer um debate sem precisar ter razão. Topbooks, 1997.
  • O futuro do pensamento brasileiro. Estudos sobre o nosso lugar no mundo. Faculdade da Cidade, 1998.
  • O imbecil coletivo II: A longa marcha da vaca para o brejo e, logo atrás dela, os filhos da PUC, as quais obras juntas formam, para ensinança dos pequenos e escarmento dos grandes. Rio de Janeiro: Topbooks. 1998.
  • O exército na história do Brasil. Edição bilíngue (português / inglês). 4 Vols. Rio de Janeiro/Salvador: Biblioteca do Exército e Fundação Odebrecht. 1998.
  • Coleção história essencial da filosofia. São Paulo: É Realizações. 2002-2006.
  • A dialética simbólica – Ensaios reunidos. São Paulo: É Realizações. 2006.
  • Maquiavel ou a confusão demoníaca. São Paulo: Vide Editorial. 2011.
  • A filosofia e seu inverso. São Paulo: Vide Editorial. 2012.
  • Os EUA e a nova ordem mundial. Alexandre Dugin (co-autor), São Paulo: Vide Editorial, 2012.
  • Visões de Descartes. Entre o gênio mau e o espírito da verdade. Vide Editorial, 2013.
  • O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Felipe Moura Brasil (org.), 467 páginas, Rio de Janeiro: Record, 2013.
  • Apoteose da vigarice – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume I). São Paulo: Vide Editorial, 2013.
  • O mundo como jamais funcionou – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume II). Vide Editorial, 2014.
  • A fórmula para enlouquecer o mundo – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume III). Vide Editorial, 2014.
  • A inversão revolucionária em ação – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume IV). Vide Editorial, 2015.
  • O império mundial da burla – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume V). Vide Editorial, 2016.
  • O dever de insultar – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume VI). Vide Editorial, 2016.
  • Breve retrato do Brasil – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume VII). Vide Editorial, 2017.
  • Os histéricos no poder – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume VIII). Vide Editorial, 2018.
  • O progresso da ignorância – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume IX). Vide Editorial, 2019.
  • A cólera dos imbecis – Cartas de um terráqueo ao planeta Brasil (Volume X). Vide Editorial, 2019.
  • Mário Ferreira dos Santos: Guia para o estudo de sua obra. Vide Editorial, 2020.
  • Edmund Husserl: Contra o psicologismo. Vide Editorial, 2020.

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Em vias de publicação pela Vide Editorial:

  • Introdução à filosofia de Louis Lavelle
  • A consciência de imortalidade

Fontes